É a história desde a expulsão do Senhor Jones até a "transformação completa de Napoleão (um porco) em "humano"".
Na Fazenda viviam bichos que tinham como dono o Senhor Jones.
Os animais da Fazenda, reunidos no celeiro, ouvem O Velho Major - um porco- que um dia teve um sonho, um sonho sobre uma revolução em que os bichos seriam auto-suficientes, sendo todos iguais.
Era o princípio do Animalismo, pois, segundo o Velho Major, “basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja só nosso”.
O Velho Major morreu, mas mesmo assim os animais colocaram em prática a idéia do líder, fazendo a Revolução dos Bichos e rompendo o paradigma de que "Bichos não devem atacar humanos", garantindo assim a liberdade democrática de todos os animais da Fazenda.
Num piscar de olhos todos seriam livres e ricos. A promessa do paraíso sem esforço. Nenhum animal iria jamais tiranizar outros animais. Todos seriam como irmãos. Todos são iguais. O mundo dos insetos gregários, sonhado por todos aqueles que odeiam o sucesso alheio, e, portanto, as diferenças entre os homens.
Logo uma canção foi criada para transmitir a mensagem igualitária do sonho dos animais da granja.
Logo uma canção foi criada para transmitir a mensagem igualitária do sonho dos animais da granja.
Todos repetiam aqueles versos com profundo entusiasmo - até fanático. O futuro seria magnífico. A riqueza, incomensurável.
Para tanto, bastava lutar, mesmo que custasse a própria vida.
Sansão, o forte cavalo, era o discípulo mais fiel. Não sabia pensar por conta própria, aceitando os porcos como instrutores, por sua reconhecida sabedoria. Passava adiante o que era ensinado, através da repetição automática, como vemos de fato nos chavões e slogans repetidos ad nauseam pelos comunistas, como por vitrolas arranhadas. A figura de Sansão é o retrato perfeito do idiota útil, que bem intencionado, acaba servindo como massa de manobra dos oportunistas de plantão.
Depois da Revolução, a Fazenda passou a se chamar Granja dos Bichos, e quem a administrava era Bola-de-Neve (um porco muito inteligente).
Bola-de-Neve era um porco que seguia os princípios do Animalismo, e mesmo sendo superior (em quesitos de inteligência e cultura) em relação aos outros animais, sempre se considerou igual a todos, não tendo privilégios devido à sua condição.
Bola-de-Neve tinha um assistente, Napoleão (outro porco), que na ânsia pelo poder, traiu o amigo, (disputa de poder) banindo Bola-de-Neve da Fazenda e assumindo a administração ( e o poder).
Napoleão mostrou-se competente e justo no começo, ganhando prestígio e aceitação dos outros animais mas depois passou a desrespeitar os SETE MANDAMENTOS, os quais firmavam as idéias animalistas, inclusive modificando os nobres mandamentos adequando seus interesses pessoais em detrimento de todos os demais animais.
O leite das vacas, por exemplo, desaparecera. Com o tempo, o mistério foi esclarecido: era misturado à comida dos porcos. Mas o discurso era convincente: “Camaradas, não imaginais, suponho, que nós, os porcos, fazemos isso por espírito de egoísmo e privilégio”. Não, claro. Eles eram os intelectuais, e a organização da granja dependia deles. O bem-estar geral era o único objetivo dos porcos. “É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos aquelas maçãs”.
E como não poderia faltar no hipócrita discurso altruísta, usado para dominar os inocentes, há que existir um bode expiatório, um inimigo externo, ainda que fictício, que justifique os abusos domésticos. Logo, se os porcos falhassem nessa nobre missão, o antigo senhor voltaria ao poder, o terrível homem. E isso ninguém queria. Portanto, tudo que os sábios porcos diziam e faziam deveria ser verdade. Era pelo bem da granja!
Napoleão já ocupava a casa do Sr. Jones, bebia álcool, vestia as roupas do ex-dono, andava somente sobre duas pernas e convivia com seres humanos, enfim agia em benefício próprio, instalando um regime ditatorial, dominando e hostilizando os demais animais, considerados seres inferiores e sem direitos.
Por essa época, já não era possível distinguir, quando reunidos à mesa, o porco tirano e os homens com quem se confraternizava.
Napoleão conseguiu sair vitorioso graças à ajuda de Garganta, porco servil e obediente e que, através de bons argumentos, convencia os animais de que tudo o que acontecia era para o bem deles, manipulando as massas e alterando as leis.
Os SETE MANDAMENTOS do Animalismo eram os seguintes:
Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo;
Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo;
Nenhum animal usará roupas;
Nenhum animal dormirá em cama;
Nenhum animal beberá álcool;
Nenhum animal matará outro animal;
Todos os animais são iguais.
Napoleão aos poucos alterou todos os mandamentos.
Foi Bola-de-Neve quem escreveu os SETE MANDAMENTOS tendo como base os ideais de um sonho do Velho Major.
A Revolução dos Bichos é um livro de extrema importância para entendermos o funcionamento de sociedades comandadas por diferentes tipos de governo, além de mostrar de forma genial a ambição do ser humano, o "sonho do poder".
O Senhor Jones era o dono da Fazenda e, como tal, explorava o trabalho animal em benefício próprio, para acumular capital.
Em troca dos serviços prestados, ele pagava com a alimentação, que nem sempre era boa e suficiente - havia uma enorme diferença que pode ser comparada a atual diferença na distribuição de renda em nosso país.
Temos aí o retrato de uma sociedade capitalista: quem mais trabalha é quem menos ganha.
A Revolução que se deu por idéia do "Velho Major", tinha por princípio básico a igualdade; sendo assim, o Animalismo corresponde ao Socialismo, regime em que não existe propriedade privada e em que todos são iguais, e todos trabalham para o bem comum.
A princípio, houve um socialismo democrático, em que todos participavam de assembléias, dando idéias e sugestões, liderados por Bola-de-Neve, bem aceito pelos animais em geral.
Napoleão representa o desejo da onipotência, do poder absoluto e, para conseguir seus objetivos, tudo passa a ser válido, afinal como diz Maquiavel: OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS, assim mentiras, traições, mudanças de regras que podem ser comparadas à ascensão de vários de nossos grandes líderes ditadores de nossa história.
Tempos depois instaurava-se na Fazenda uma verdadeira Ditadura, o regime em que não há liberdade de expressão, direito a opiniões etc.
Na sede pelo poder e pela riqueza, Napoleão entra em contato com os homens para com eles negociar, comprar, vender, enfim, acumular riquezas e tudo graças ao trabalho dos animais, verdadeiros empregados mal–remunerados, ajudando o "patrão" a ter regalias, bens materiais, capital.
A situação fica mais crítica do que quando o Senhor Jones era o dono da Fazenda porque, mais do que nunca, os direitos humanos, ou seja, dos animais foram violados de forma cruel e tendo conseqüências gravíssimas como a morte de alguns, o desaparecimento de outros e muita tortura.
Com base nos fatos ocorridos podemos concluir que a história nos mostra os dois tipos de dominação existentes – a dominação pela sedução: Garganta persuadia os animais com seus argumentos convincentes e eles aceitavam pacificamente as mudanças efetuadas, e a dominação pela força bruta: quem se rebelasse contra as ordens era punido fisicamente, torturado por cães treinados e levados até à morte.
Ainda a história mostra o papel da mídia e da propaganda que por vezes serve para iludir e distrair as populações reescrevendo uma "verdade falsa" que atende aos interesses de uma minoria.
Outra máxima que a história contada por Orwell nos remete onde os sete mandamentos transformam-se em apenas um que é "TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS UNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS"
Sites da internet:
http://www.resumosdelivros.com.br/g/george-orwell/a-revolucao-dos-bichos/ acesso em 25-05-2009.
http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/resenha-do-livro-revolucao-dos-bichos-granja-da-igualdade.html acesso em 25-05-2009.
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